BRASÍLIA – Um dos assuntos mais debatidos no Fórum Clia 2022, que acontece nesta quarta-feira (22) em Brasília, tem sido a necessidade de investimentos e melhorias na infraestrutura para o setor de cruzeiros. O painel “Portos e Infraestrutura: Como o Brasil se prepara para receber os navios no futuro” tratou de dar luz apenas a este assunto. Para que o segmento avance e o País atraia mais embarcações, o desenvolvimento de novos portos, assim como obras de modernização nos já existente são de suma importância
É o que reforçou Adrian Ursilli, mediador do painel, composto por Mario Povia, Secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários – SNPTA; Fernando Biral, CEO da Santos Port Authority (SPA); Ana Paula Leal Aguiar Calhau – diretora empresarial e de relação com o mercado – DERM, Companhia Docas do Estado da Bahia – CODEBA; e Jean Paulo Castro e Silva – diretor de negócios e sustentabilidade da CDRJ – Companhia Docas do Rio de Janeiro – CDRJ.
“Nem sempre prover infraestrutura portuária é algo rápido. Precisamos traçar os portos que já temos e ver o que precisamos fazer para melhora-los e identificar aqueles que queremos começar a operar. É necessário sentarmos e trabalharmos nisso. Quanto antes soubermos o que temos que fazer, mais fácil será de conseguirmos dar a resposta de quanto tempo a gente precisa para entregar estas obras”, afirmou Mario Piova, Secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários – SNPTA.
Recurso técnico é fundamental para realização das obras
“Estamos passando por um momento virtuoso – com muita autoridade técnica. Conseguimos mudar o modo de operação. Passamos a dar lucro, temos recurso em caixas para fazer investimento, não temos mais aquela dependência do governo federal. Agora, o que temos que ter é a capacidade de executar os nossos projetos”, explicou Jean Paulo. “Falando especificamente da obra no Rio de Janeiro – realizamos um investimento em torno de 10 milhões – e já estará preparado para receber os maiores navios desta temporada”, completou.
Poder público tem que dar sustentação para desenvolvimento
Um dos homeports brasileiros é o porto de Santos, que apesar de ser um dos principais do País, precisa também de novos investimentos. “Santos tem um papel estratégico. Agora queremos revitalizar o centro histórico para oferecer atividades para os passageiros em terra. Mas não adianta termos só um terminal muito bacana se não tivermos infraestrutura nos outros portos também. É um planejamento e tem que se intensificar isso”, afirmou Fernando Biral, CEO da Santos Port Authority (SPA).
Ele disse ainda que torce para que os três berços sejam suficientes, “mas espero que vocês [armadoras] tenham muito sucesso e tenhamos mais berços no futuro. E eu acredito que os investimento tem que ser bancado ou que tenha ao menos uma contrapartida do poder público, como é feito em todo mundo. Um apoio, uma vez que o turismo é uma das principais atividades da econômica nacional”, explicou Biral.