
Governo considerou as ofertas insuficientes e já convocou os interessados a apresentar melhores condições para a concretização do negócio
As propostas oficiais do Grupo MSC-Grupo Lufthansa e do fundo privado Certares, que se entende como Air France-KLM e Delta Air Lines, pela participação majoritária na ITA Airways, realizadas em maio e julho deste ano, não agradaram o governo italiano, que considerou as ofertas insuficientes e já convocou os interessados a apresentar melhores condições para a concretização do negócio. As informações são do ministro da Economia e Finanças da Itália, Daniele Franco.
Sendo assim, os interessados que já haviam enviado propostas vinculantes, agora terão que aprimorar a oferta e enviar uma terceira versão para que o vencedor possa ser anunciado em até dez dias. O governo quer maximizar o valor do negócio. E essa pressa também é parcialmente motivada pelas iminentes eleições parlamentares marcadas para o final de setembro.
“Nenhuma das duas propostas recebidas para assumir o controle majoritário da ITA é totalmente consistente com os requisitos do Gabinete do Primeiro-Ministro. Por isso, em muito pouco tempo, dentro de dias, eles serão solicitados a formular novas propostas e serão solicitados a dar um retorno também muito rapidamente”, declarou Franco, citado pelo jornal Corriere della Sera.
O primeiro-ministro Mario Draghi, que permanece como administrador da companhia até a chegada de um novo governo, enfatizou que deseja que seu governo conclua o processo de venda. “O objetivo é prosseguir, e não é minha intenção deixar o assunto para o próximo governo”, disse Draghi. “A escolha do vencedor será feita dentro do prazo que o Ministério da Economia e Finanças dará, que acho muito curto, dez dias”, completou.
Uma fonte não identificada disse ao Corriere que, embora haja preferência pela oferta MSC-Lufthansa, a principal questão está na configuração da governança da ITA Airways, pois o ministério gostaria de ter maior peso na tomada de decisões cruciais sobre o futuro da companhia. Fontes próximas à MSC disseram que uma ITA liderada pela MSC acabaria reformulando a companhia aérea, dando à Itália uma centralidade global em logística.
Fonte: Corriere della Sera