A Boeing Company divulgou os resultados operacionais e financeiros referentes ao segundo trimestre de 2022, com destaque para a receita de US$ 16,7 bilhões, fluxo de caixa operacional positivo de US$ 81 milhões (com previsão de mais bons números em 2022) e lucro líquido de US$ 160 milhões. Já o backlog (carteira de pedidos firmes) da companhia alcançou os US$ 372 bilhões, o que inclui mais de 4,2 mil aeronaves comerciais.
“Tivemos um progresso importante em programas importantes no segundo trimestre e estamos ganhando impulso em nossa recuperação”, disse Dave Calhoun, CEO da Boeing. “À medida que começamos a atingir os principais marcos, conseguimos gerar um fluxo de caixa operacional positivo neste trimestre e permanecer no caminho certo para alcançar um fluxo de caixa livre positivo para 2022”, completou.
Com relação apenas ao segmento de aeronaves comerciais, a receita chegou a US$ 6,2 bilhões, impulsionada pelo maior número de entregas do B737, mas parcialmente compensado pelos problemas com o B787, no qual a Boeing já trabalha com a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) para retomar as entregas. Destaque ainda para o aumento de produção do B737, que chegou a 31 unidades por mês.
Ainda com relação ao B737 MAX, a Boeing praticamente completou a retomada global da aeronave. Sua frota em todo o mundo voou mais de 1,5 milhão de horas totais desde o fim de 2020. Já com relação ao B787, o fabricante está finalizando as ações de retomada das entregas. Por lá, a Boeing está produzindo a uma taxa muito baixa e continuará neste ritmo até que as entregas sejam retomadas, com um retorno gradual esperado para cinco jatos do modelo produzido por mês. A empresa ainda prevê 787 custos anormais de cerca de US$ 2 bilhões.
No geral, o segmento de Commercial Airplanes garantiu pedidos de 169 B737 MAXs e 13 cargueiros, incluindo sete B777-8 Freighters do Lufthansa Group. Ao todo, o fabricante entregou 121 aviões durante o trimestre.