
Os principais mercados de origem para viagens internacionais de entrada são Canadá, Alemanha, França e Brasil
Novos dados divulgados pelo World Travel & Tourism Council (WTTC), em parceria com a ForwardKeys, sobre as tendências de reservas de voos internacionais revelam que a tão esperada recuperação dos gastos dos viajantes internacionais nos Estados Unidos está finalmente em andamento, após o fim da exigência de teste Covid-19.
Os dados da ForwardKeys mostram que as reservas aumentaram 93% nas últimas seis semanas, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os gastos internacionais, por sua vez, ainda não estão nos níveis de outros destinos e não devem atingir níveis pré-pandemia pelo menos até 2025.
“O aumento nas reservas valida a decisão do governo de aliviar as restrições de viagem, eliminando os testes para visitantes e para o retorno de cidadãos norte-americanos, algo que outros países já fizeram há muito tempo. A melhora ano a ano é promissora, mas ainda há um caminho a percorrer em relação ao turismo nos EUA”, explicou Julia Simpson, presidente e CEO do WTTC.
Ainda de acordo com a executiva, “isto corrobora nosso estudo anterior, que mostra os EUA atrás de outros países em número de visitantes internacionais, resultando em uma recuperação mais lenta do que o esperado da receita do turismo internacional”, completou Simpson.
BRASIL É DESTAQUE – Os principais mercados emissores de turistas hoje são Canadá, Alemanha, França e Brasil. O Chile e o Japão também se juntaram recentemente aos principais mercados, com reservas de voos aumentando significativamente nas últimas quatro semanas em 28% e 8%, respectivamente.
EUA não devem se recuperar totalmente até 2025
O último Relatório de Impacto Econômico (EIR) anual do WTTC mostrou que os gastos de visitantes internacionais em 2021 cresceram apenas 1,4%, atingindo US$ 40,3 bilhões, mas ficando muito aquém do total de US$ 190,9 bilhões de 2019. O relatório prevê que os setores de viagens e turismo de muitos países voltarão aos números pré-pandemia no próximo ano, mas os EUA não devem se recuperar totalmente até 2025.
Nova York, Los Angeles e Orlando seguem em alta
De acordo com os dados mais recentes de reservas de voos, as cidades norte-americanas icônicas continuam sendo os destinos populares para os visitantes dos EUA, incluindo Nova York, São Francisco, Los Angeles, Miami e Orlando. Durante as últimas quatro semanas, também foi constadado um aumento nas reservas de voos de chegada em Ft. Lauderdale (+7%).
Impulsionadas pelo crescimento ano a ano de 35% em relação a 2021, as reservas de voos para os EUA atingiram níveis próximos ao pré-pandemia, ficando apenas 5% abaixo das reservas de 2019.
Destinos internacionais como Canadá, México, República Dominicana, Reino Unido e Itália estão no topo da lista de viajantes dos EUA que desejam visitar o país. Juntando-se aos principais destinos, as Filipinas tiveram um aumento de 8% nas reservas de voos de saída apenas nas últimas quatro semanas.
“A boa notícia é que o setor de viagens e turismo é resiliente e políticas sensatas de fronteiras e restrições reduzidas estão ajudando a impulsionar a recuperação do setor. Mas, mais viagens internacionais são essenciais para garantir o ritmo e a escala da recuperação total”, finalizou Simpson.