
A TAP terminou o ano com 812,6 milhões de euros em caixa, 57% a mais do que no início do ano (Lucas Meneses)
A TAP divulgou os resultados operacionais e financeiros referentes ao ano de 2021. O número de passageiros transportados, por exemplo, cresceu 25,1% em 2021, ainda 34,2% abaixo do nível de 2019. Já a demanda aumentou 25,6%, apesar de ainda ser de 35,5% dos números de 2019, enquanto a receita de passageiros cresceu 218,8 milhões de euros (+25,8%) em 2021, acima do crescimento global de 20,1% (de acordo com a Iata) das receitas de passageiros.
“A primeira metade de 2021 foi marcada por severas restrições à mobilidade doméstica e internacional devido à pandemia de Covid-19, levando a uma imobilização quase total dos aviões durante vários meses. Ao longo do segundo semestre, foi-se verificando a reabertura gradual das fronteiras, apesar de dois dos principais mercados da TAP, Brasil e EUA, só terem retomado os voos internacionais com Portugal durante o último trimestre do ano”, diz.
As receitas operacionais totais atingiram 1,38 bilhão de euros, um aumento de 328,4 milhões de euros (+31%) em comparação com as receitas operacionais de 2020
As receitas operacionais totais atingiram 1,38 bilhão de euros, um aumento de 328,4 milhões de euros (+31%) em comparação com as receitas operacionais de 2020. Já os custos operacionais chegaram a 1,8 bilhão de euros, queda de 2,7% em relação ao mesmo período do ano passado, começando a refletir as medidas de reestruturação empreendidas pela empresa. No entanto, o prejuízo líquido chegou a 1,6 bilhão de euros em 2021, melhor que o previsto no Plano de Reestruturação (1,75 bilhão de euros).
Ainda segundo a companhia, “no final de 2021, com a aprovação do Plano de Reestruturação e com o objetivo de concentrar a TAP no negócio do transporte aéreo, foi tomada a decisão de alienar ou encerrar algumas das participadas, como a TAP ME Brasil, cujo desempenho histórico se tinha refletido em crescentes perdas acumuladas”.
LIQUIDEZ E EBTIDA – A TAP terminou o ano com 812,6 milhões de euros em caixa (+57% do que no início do ano). O EBIT recorrente teve uma evolução positiva de 380,4 milhões de euros em 2021, para -478 milhões de euros, com um EBITDA recorrente de 11,7 milhões de euros (a 2ª metade de 2021 teve um EBITDA recorrente positivo de 176,4 milhões de euros).
Frota
Relativamente às rotas e à frota, ao longo de 2021, a TAP lançou uma estratégia de diversificação para impulsionar a recuperação, que resultou na abertura de novos destinos, com várias rotas tanto de longo como de curto/médio curso, como por exemplo: Montreal, Cancun, Punta Cana, Maceió, Zagreb, Ibiza, Fuerteventura, Agadir, Oujda, Monastir e Djerba.
Na frota operacional, a TAP passou por uma redução líquida de 2 aeronaves para 94, com a eliminação progressiva de 2 Airbus A330ceo, 3 Airbus A320ceo e 2 Airbus A319ceo, enquanto 5 aeronaves da nova geração passaram a ser gradualmente introduzidas (2 A321neo LR e 3 A320neo), com a TAP a assegurar com êxito os acordos de financiamento para estas aeronaves. No final de 2021, 66% da frota operacional de médio e longo curso consistia em aeronaves da família NEO (contra 57% até 31 de dezembro de 2020 e 43% até 31 de dezembro de 2019).
Iniciativas para reduzir custos e aumentar a eficiência
- Redimensionamento dos recursos humanos e dos custos com pessoal.
- Renegociação em grande escala dos contratos com os fornecedores.
- Adoção de uma nova política de controlo rigoroso das despesas e investimentos por todas as áreas da Empresa.