
Ana Helena Mandelli, gerente de distribuição de combustíveis do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP)
A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) debateu o cenário atual do querosene de aviação (QAV), com participação de Ana Helena Mandelli, gerente de distribuição de combustíveis do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), além do presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, e Jurema Monteiro, diretora de Relações Institucionais da associação
A executiva do IBP fez um balanço sobre os reflexos da guerra entre Rússia e Ucrânia para o valor do barril de petróleo e possíveis medidas para conter os custos das empresas.
“Já estávamos com muita volatilidade no preço do petróleo, gerado pela pandemia, quando houve desbalanço entre oferta e demanda, a partir de março de 2020. Vínhamos acompanhando a recuperação dos mercados no final do ano passado, no caso da aviação até mais rápido que o previsto, e a guerra, que traz outro período de instabilidade impactando nos preços”, disse a gerente do IBP.
Custo Brasil
Ana Helena ressalta que a crise do petróleo vem acompanhada pelo câmbio alto e pela instabilidade econômica. “Isso impacta o mercado local porque não somos autossuficientes em derivados de petróleo. Não temos capacidade de refiná-lo e ofertá-lo internamente. O Custo Brasil permeia nossas cadeias e praticamente todos os produtos, incluindo o ICMS que é um dos mais caros do mundo, somado à complexidade na arrecadação, que gera tributos altos e necessidade de grandes times para calcular esses valores”.
O IBP entende que, assim como em outros países, os subsídios públicos devem ser focados em medidas amplas para setores ou populações vulneráveis, servindo para minimizar os impactos da crise.