
Em janeiro, a diferença entre a geração efetiva de receitas e o seu potencial mensal registrou perda de R$ 11,8 bilhões. Foto: reprodução
Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base nos dados do IBGE, o turismo brasileiro já acumula um prejuízo de R$ 485,1 bilhões desde o início da crise sanitária, com destaque para os estados de São Paulo (R$ 210,9 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 61,7 bilhões), que concentram 56% da perda nacional. Em janeiro, a diferença entre a geração efetiva de receitas e o seu potencial mensal registrou perda de R$ 11,8 bilhões.
A expectativa da CNC é que, em 2022, o segmento apresente um crescimento no volume de receitas de 1,6%, abaixo dos 22,1% registrados no ano passado. Fabio Bentes, economista da entidade responsável pela análise, estima que os preços das atividades turísticas tendem a ser impactados pela retomada da demanda, preços de custos, como reajustes nos transportes e alimentação fora do domicílio.
Da mesma forma, após crescer 10,9% no último ano, o setor de serviços deverá apresentar maiores dificuldades, apesar de o reajuste nos preços dos serviços estar aquém do IPCA, dada a alta taxa de difusão de alta dos preços nos últimos meses. “O aperto monetário poderá se prolongar por um período maior que o anteriormente esperado, em razão de resiliência inflacionária impulsionada pelo conflito no leste da Europa”, avalia o economista. Atualmente, a taxa de inflação anualizada no setor de serviços (+5,9%) é a maior desde março de 2017.