
As preocupações recaem sobre o aumento dos preços dos combustíveis, puxado pela escalada do preço do petróleo
Uma perspectiva da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou que a tendência é que as pressões inflacionárias se mostrem persistentes nos próximos meses, diante da crise provocada pela guerra no Leste Europeu As preocupações recaem sobre o aumento dos preços dos combustíveis, puxado pela escalada do preço do petróleo. Após o início do conflito, no fim de fevereiro, o mineral chegou a atingir US$ 140/barril, maior cotação em 14 anos.
A previsão é que o setor supermercadista, o maior do varejo, seja fortemente impactado por pressões de médio prazo, decorrentes dos reajustes em commodities agrícolas e da possível escassez de fertilizantes, produto cujo a Rússia é um dos principais fornecedores. “Há grandes chances de aumento dessas taxas, impactando atividades mais dependentes das condições de crédito”, avalia o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Considerando que o varejo de combustíveis e o setor supermercadista respondem por quase metade (48,5%) das vendas anuais no varejo, a CNC a revisou de +0,9% para +0,5% a previsão de variação do volume de vendas do setor em 2022. O reajuste menos otimista, influenciado pelo novo panorama, ocorre apesar do avanço de 0,8% registrado no mês de janeiro, divulgado hoje na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).