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Opinião / Serviços

Há espaço para todas: uma discussão sobre mulheres, tecnologia e turismo

Renata Franco, ex-CEO da Stella Barros e fundadora do Pinguim

Renata Franco, ex-CEO da Stella Barros e fundadora do Pinguim

Discutir a igualdade de gênero mostra-se cada vez mais necessário, visto que somente 37% das ocupações em empresas das Atividades Características do Turismo (ACT) incluem os termos “diretor” ou “dirigente” em nomenclaturas de colaboradoras, conforme o Cadastro Brasileiro de Ocupações (CBO de 2020), enquanto nos demais cargos, mulheres totalizam 49%.

A participação feminina tem destaque para a concentração nas regiões Sul (54%) e Nordeste (45%), De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2020. Por segmentação, o volume de mulheres está ligado às agências e operadoras de turismo e serviços de alojamento (57%), além do setor de alimentação (53%). Nas demais atividades, o percentual é inferior a 50%, chegando a apenas 15% no transporte rodoviário.

Motivada pela demanda de mulheres que desejam viajar e não tem companhia, Renata Franco, ex-CEO da Stella Barros e membro do conselho do Escritório de Turismo da França no Brasil, lançou aos 45 anos, o aplicativo de viagens Pinguim.
“Eu sou a CEO e fundadora e faço parte dos 4% de mulheres que estão à frente de startups no Brasil, que é um nicho que tem por definição ser disruptivo, mas que ainda precisa de um aumento da presença feminina. Sou mãe e esposa e sempre digo que podemos sim, como mulheres de muitas responsabilidades, arcar com todas e com qualidade”.

Com três anos de mercado, a aplicação disponível para sistemas Android e IOS já conta com mais de 90 mil downloads, e tem para 2022 a meta de atingir 500 mil usuários, além de duas novidades: o B2B e o marketplace para vendas diretas, datados para estrearem no mês de março.

A executiva pontua que somente 17% das mulheres na América Latina viajam sozinhas e por meio da aplicação elas podem encontrar companhia e se empoderarem. Em sua trajetória profissional, Renata afirma que buscou inspiração em outras mulheres para vencer os desafios.

“Desde o início da minha carreira tive líderes mulheres e passei por empresas que ofereciam uma rede de apoio, mas em alguns momentos ocupei espaços onde era a única mulher presente e estava em uma posição de liderança. Acredito que temos que ser vistas pelo nosso trabalho e capacidade, sermos resilientes, e flexíveis. Essa é uma luta para que as gerações futuras não passem por constrangimentos e não aceitem menos do que merecem. O futuro é de todos nós”.

Este artigo faz parte de uma série de depoimentos que o M&E colheu com profissionais do Turismo que inspiram e lutam pela melhoria do setor no que tange a pauta de equidade e igualdade de gênero. Veja o conteúdo sobre representatividade feminina nos cargos do setor. A partir de 8 de março, Dia Internacional da Mulher, publicaremos o conteúdo completo, com todos os depoimentos.

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