Um juiz do Supremo Tribunal de Londres ordenou que a Airbus atrasasse os “efeitos práticos” do processo de cancelamento unilateral do pedido da Qatar Airways envolvendo 50 A321-200neos, pelo menos até abril, quando haverá uma nova audiência sobre o pedido via liminar para interromper o cancelamento.
A Qatar Airways argumenta que a Airbus não tinha o direito de rescindir unilateralmente o pedido, considerando que a aérea já havia feito US$ 330 milhões em pagamentos pré-entrega. A Airbus, por sua vez, alega que estava no seu direito de usar uma cláusula relacionada à recusa da companhia em pagar e receber os A350 já construídos.
Em 18 de janeiro, o juiz proibiu a fabricante de tomar qualquer medida que pudesse comprometer sua capacidade de entregar a aeronave à Qatar Airways caso a companhia aérea ganhasse a disputa. Com efeito, a decisão impede a Airbus de realocar os slots de entrega dos cinquenta A321neo para outras transportadoras. As aeronaves deveriam começar a ser entregues à Qatar Airways em fevereiro de 2023.
E em meio a crise instaurada com a Airbus, envolvendo uma possível degradação da frota de A350s comprovada por vídeo e um cancelamento, por parte do próprio fabricante, de ordens de encomenda envolvendo A321neos, a Qatar Airways fechou com a rival Boeing um pedido no valor de US$ 34 bilhões a preço de tabela, envolvendo até 100 aeronaves, entre unidades de passageiros e outras de carga.
Com informações do ch-aviation.