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Feiras e Eventos

Turismo de base comunitária do Pará em destaque na 9ª Fita

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Conceição Silva, técnica de gestão do Turismo; Adriana Lima, coordenadora do MMIB, Rogério Sales, CEO Untamed Angling Brasil, e Silvia Cruz, professora da UFP

BELÉM – Turismo em Comunidades Tradicionais ou de base comunitária, a elaboração de projetos de implantação, capacitação profissional e promoção foram temas abordados neste sábado (28), dentro da programação técnica do terceiro dia da 9ª Fita – Feira Internacional de Turismo da Amazônia 2021, realizada no Complexo Estação das Docas.

A técnica de gestão do Turismo da Secretaria de Estado do Turismo do Pará, Conceição Silva, conduziu o painel dedicado ao “Turismo em Comunidades Tradicionais”, tão diversificado e presente em todo o Estado do Pará. “É importante ressaltar a lógica do Turismo de Base Comunitária e sua relação com o mundo capitalista, de exploração da atividade em benefício de todos, em especial com a manutenção das relações sociais dos indivíduos envolvidos e a preservação ambiental”, disse.

Adriana Maria Gomes de Lima, coordenadora do Movimento das Mulheres das Ilhas de Belém – MMIB – colocou o trabalho realizado na Ilha de Cotijuba, em Belém, como exemplo de sucesso de Turismo de Base Comunitária. “As mulheres empreendedoras locais entenderam os benefícios consequentes da união de todas para explorar suas aptidões, sejam em pousadas, restaurantes e artesanato, em paralelo à manutenção da floresta em pé sem ser invadida”, isso é essencial para a sobrevivência de todos. Cotijuba chega a receber mais de 20 mil pessoas, que ainda se deparam com falta de infraestrutura básica na ilha. “Turismo sem planejamento não funciona. Agora estamos buscando, inclusive junto ao poder público, ações de mais precisas nesse sentido”, completou.

“Turismo sem planejamento não funciona. Agora estamos buscando, inclusive junto ao poder público, ações de mais precisas nesse sentido”.

Rodrigo Sales, CEO da Untamed Angling Brasil, falou sobre o nicho Pesca Esportiva, a criação de destinos e o desenvolvimento de projetos em comunidades ribeirinhas e indígenas. “A pesca esportiva gera milhões de dólares no mundo e, no Brasil, a Amazônia tem um potencial enorme para desbancar qualquer centro dessa atividade já em exploração”, observou. A ideia, segundo ele, é trazer o turistas internacionais, em pequenos grupos, a destinos seguros, confortáveis e de natureza quase intocada “gerando renda maior para esses pequenos empreendedores”.

Nas comunidades indígenas, explicou Sales, o mais importante na implantação de um projeto de pesca esportiva, com guias formados profissionalmente, é a decisão e protagonismo da comunidade, bem como a forma de exploração da atividade. “A formatação do projeto tem de partir deles, de acordo com suas necessidades e propostas de exploração”, completou.

A professora Silvia Cruz, da Universidade Federal do Pará, concorda com a ideia de Rodrigo Sales e destaca também que para o bem dos envolvidos no Turismo em Comunidades Tradicionais há de se pensar em “Turismo que envolva a comunidade tradicional de base como protagonista e não coadjuvante de agentes e empresas”.

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