O CEO do Grupo Latam Airlines, Roberto Alvo, deu detalhes sobre a saída do Grupo Latam da recuperação judicial dos Estados Unidos, um dia depois de apresentar seu plano de reorganização de US$ 8,19 bilhões para deixar o Chapter 11. Em coletiva de imprensa para detalhar os próximos passos da companhia, neste sábado (27), Alvo demonstrou seu otimismo com relação a saída do Chapter 11 já em meados de 2022.
“Fiquei muito feliz de poder anunciar o progresso dentro do Chapter 11, plano de restruturação que conta com os principais acionistas do grupo. Entre eles, Qatar Airways, Delta Air Lines e Família Cueto, que se uniram para apoiar a Latam e garantir novos recursos de mais de US$ 5,5 bilhões. Na soma total, serão mais de US$ 8 bilhões incorporados ao grupo, o que permitirá a companhia sair do processo do Capítulo 11”, destacou o CEO.
Com o plano de reorganização, o CEO acredita que a Latam terá uma estrutura muito sólida, com muito menos dívida se comparado com o período pré-pandemia, incluindo a Latam Brasil com dívida zero
De acordo com Alvo, “a aprovação do plano de reorganização por parte do Tribunal Sul de Nova York, nos Estados Unidos, deve acontecer nos próximos dois meses, até 27 de janeiro, algo que a assembleia de acionistas aqui no Chile também deve aprovar, para depois ser registrado no CVM aqui do Chile”, disse o CEO. Só assim, a Latam poderia se preparar para deixar o Chapter 11 nos Estados Unidos dentro de poucos meses.
Com o plano de reorganização, o CEO acredita que a Latam terá uma estrutura muito sólida, com muito menos dívida se comparado com o período pré-pandemia, incluindo a Latam Brasil com dívida zero. “Nosso nível de dívida será de cerca de US$ 7 bilhões em todo o grupo, com uma liquidez de US$ 2,5 bilhões, valor nunca visto antes em nossa história. O Plano que foi apresentado fará a companhia ser melhor para todos”, destacou.
“Nosso nível de dívida será de cerca de US$ 7 bilhões em todo o grupo, com uma liquidez de US$ 2,5 bilhões, valor nunca visto antes em nossa história. O Plano que foi apresentado fará a companhia ser melhor para todos”
Ainda segundo Roberto, os últimos dois anos foram desafiadores, com efeitos devastadores para a indústria. “A Latam optou pelo Chapter 11, já que na época que não obteve ajuda dos governos da região. Antes éramos um grupo sólido, e acabamos entrando em recuperação judicial extraordinária por conta da pandemia. Nestes 18 meses, tomamos decisões difíceis, com o fechamento das operações na Argentina, saída de muitos colaboradores e diversas restrições que nos impediram de levar nossos clientes aos seus destinos”, disse.