As três maiores empresas aéreas brasileiras (Gol, Azul e Latam) obtiveram lucro líquido de R$ 899,5 milhões, com margem líquida de 22%, no 2º trimestre de 2021. O setor aéreo permaneceu marcado pela pandemia no 2T21, com as empresas ainda buscando equalizar financeiramente suas operações. Apesar disso, o resultado é totalmente inverso ao prejuízo de R$ 6,1 bilhões e margem líquida de -399,6% que foram registrados no 2T20.
De acordo com os Dados Estatísticos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as empresas mais do que triplicaram a oferta (ASK) no 2º trimestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, em relação a 2019, a oferta foi 43,4% abaixo no 2º trimestre, período no qual dólar se manteve relativamente estável, com queda de 1,7% em relação ao 2º trimestre de 2020. O preço do combustível (QAV), no entanto, aumentou 91,7% na média trimestral.
As receitas de serviços aéreos das empresas brasileiras tiveram aumento de 177,9% no 2º trimestre de 2021 quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Os custos e despesas operacionais aumentaram 2,8%. A receita de passagens aumentou 804,5% e representou 76% do total das receitas de serviços aéreos. Entre custos e despesas, o maior foi com seguros, arrendamentos e manutenção de aeronaves (22,4%), seguido de combustíveis e lubrificantes (22,6%) e pessoal (18,8%).
Entre custos e despesas, o maior gasto foi com seguros, arrendamentos e manutenção de aeronaves (22,4%), seguido de combustíveis e lubrificantes (22,6%) e pessoal (18,8%)
Apesar dos bons números, as três empresas apresentaram lucro bruto negativo, o que mostra que as receitas diretamente ligadas à sua operação não foram suficientes para cobrir seus custos. O principal fator para transformação do resultado líquido em positivo no setor foi o resultado financeiro (+R$ 2,7 bilhões), decorrente, em sua maioria, de ganhos com variações cambiais.