
Agora, o número de sítios italianos designados como Patrimônio Mundial pela Unesco chega a 58 e, com mais 14 registrados no patrimônio imaterial, somam um total de 72
Os Pórticos de Bolonha, na Itália, passaram a fazer parte da lista dos Patrimônios Mundiais da Unesco. O registro constitui um novo reconhecimento para a cidade, que em 2006 foi declarada Cidade Criativa na categoria Música. A decisão, anunciada em Fuzhou, na China, no dia 28 de julho, é o resultado de uma longa candidatura que envolveu o Município, as instituições e associações de Bolonha, a Região da Emília-Romanha e o Ministério da Cultura.
Agora, o número de sítios italianos designados como Patrimônio Mundial pela Unesco chega a 58 e, com mais 14 registrados no patrimônio imaterial, somam um total de 72. Bolonha conta com um caminho de arcadas de um total de 62km. No entanto, não é a totalidade das arcadas que são candidatas, mas sim uma série de 12 componentes que representam, no seu conjunto, um corte transversal da variedade arquitetônica, histórica e micro-geográfica.
Em conjunto, eles constituem “um elemento identificador da cidade de Bolonha, tanto pela comunidade como pelos visitantes, e são um ponto de referência para um estilo de vida urbano sustentável, em que os espaços religiosos e civis e as casas de todas as classes sociais estão perfeitamente integrados”, essa foi a razão dada para a candidatura, lançada em janeiro de 2020.
As primeiras arcadas datam do século XI, época em que começaram a ser construídas para aumentar a quantidade de edifícios visando atender à necessidade de expansão das atividades comerciais e artesanais. Nos séculos seguintes o número de arcadas aumentou exponencialmente, principalmente graças ao forte aumento da população devido à chegada de alunos e professores na Universidade de Bolonha, e também ao êxodo do campo.
Nos últimos dez séculos, as arcadas têm sido ponto de encontro e sociabilidade para bolonheses e turistas, e é precisamente esta vertente social e comunitária que distingue estes espaços cobertos, que nasceram e continuam a ser propriedade privada de uso público. Por estas razões, a comunidade, e também os visitantes de Bolonha, sempre reconheceram e ainda reconhecem o elemento pórtico como um identificador da cidade.