
As Américas foram a grande região menos afetada globalmente, apesar de um declínio de 42,4% no PIB de viagens e turismo em 2020
O mais novo Relatório de Tendências Econômicas anual do World Travel & Tourism Council (WTTC), divulgado nesta semana, revelou o profundo impacto das restrições de viagens destinadas a conter o Covid-19 na economia global, em regiões e na perda de empregos em todo o mundo. A Ásia-Pacífico, por exemplo, foi a região com pior desempenho, com a contribuição do setor para o PIB caindo em 53,7%, em comparação com a queda global de 49,1%.
As Américas, por sua vez, foram a grande região menos afetada globalmente, apesar de um declínio de 42,4% no PIB de viagens e turismo em 2020. Como resultado, manteve-se a maior região em termos de importância econômica, respondendo por 35% do PIB global direto de Viagens e Turismo. Enquanto os gastos domésticos caíram 38,9%, os gastos internacionais tiveram um declínio mais acentuado de 72,1% devido a severas restrições de viagem.
“Os dados do WTTC revelaram o impacto devastador que a pandemia teve em viagens e turismo em todo o mundo, deixando economias prejudicadas, milhões sem empregos e muitos mais temendo pelo futuro. Nosso Relatório de Tendências Econômicas anual mostra o quanto cada região sofreu nas mãos das esmagadoras restrições de viagens impostas para controlar a disseminação do Covid-19″, disse Virginia Messina, VP sênior do WTTC.
O relatório também revelou que o setor europeu de viagens e turismo sofreu o segundo maior colapso econômico no ano passado, caindo 51,4% (€ 987 bilhões). Este declínio foi em parte devido às contínuas restrições de mobilidade. O relatório mostrou que os gastos domésticos na Europa diminuíram 48,4%, compensados por viagens intrarregionais; no entanto, os gastos internacionais caíram a uma taxa ainda mais acentuada, em 63,8%.
Apesar disso, a Europa continua sendo a principal região global para gastos de visitantes internacionais. No entanto, o emprego no setor ainda sofreu em todo o continente, caindo 9,3%, o que equivale a uma perda de 3,6 milhões de empregos.
Já o Caribe, que é uma região altamente dependente de visitantes internacionais, foi a “sub-região” mais afetada globalmente. Seu PIB de viagens e turismo caiu 58% no ano passado, de 14,1% de sua economia total em 2019, para apenas 6,4% em 2020.