
Ministros alinharam ações para fomentar o fluxo de visitantes na América do Sul (Roberto Castro/MTur)
Brasil e Argentina debateram incentivos, parcerias e medidas que alavanquem o setor no Mercosul durante a Feira Internacional de Turismo (Fitur), em Madri, nessa quarta-feira (19). Participaram da reunião o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, o ministro do Turismo e Esporte da Argentina, Matías Lammens, o secretário executivo do MTur, Daniel Nepomuceno, e o presidente da Embratur, Carlos Brito.
Durante a agenda de trabalho, foram tratados temas para o fortalecimento do turismo no pós-pandemia, como taxas cobradas de turistas que visitam o Brasil e a realização de campanhas publicitárias em ambos os países. Em 2019, o intercâmbio anual de turistas entres as duas nações chegou a 1,95 milhão de argentinos visitando o Brasil e 1,4 milhão de brasileiros passeando pelo país vizinho.
O ministro Gilson Machado Neto destacou o grande fluxo anual de turistas entre os países e ressaltou que esse número pode ser ainda maior com acordos e entendimentos. Machado Neto citou, por exemplo, a importância da não aplicação de taxa para a compra de dólares aos cidadãos argentinos que viajam pelo Mercosul, especialmente no Brasil. “Essa cobrança feita aos argentinos que vão ao Brasil é muito prejudicial, principalmente no momento de retomada setor”, comentou.
O ministro do Turismo e Esporte da Argentina, Matías Lammens, por sua vez, explicou que o país prevê um pacote de medidas para o turismo em toda a região, e não apenas no Mercosul, com passagens mais baratas, por exemplo. Ele explicou que a taxa cobrada não é voltada aos turistas, mas sim para compras de dólares feitas por argentinos. Lammens declarou que existe um estudo para alterar ou mesmo extinguir a taxa.
Gilson Machado Neto apontou, ainda, a relevância de os dois países trabalharem juntos pela promoção do setor. “A Argentina é o parceiro mais importante do Brasil no turismo. Devemos fazer campanhas entre os dois países e, também, promoção conjunta para estrangeiros, como chineses, árabes e europeus”, disse o ministro.
Já o presidente da Embratur, Carlos Brito, ressaltou que a Agência começará uma grande campanha a partir de julho e reforçou que a retirada da taxa para turistas argentinos favoreceria o aumento do fluxo entre os países. “A economia do Brasil está crescendo e terá um grande aumento do PIB. Isso também é um fator para que o turismo volte a crescer”, afirmou.