
Estande da Argentina na Fitur 2020
Somente 10 países da América Latina confirmara sua participação na Fitur 2021, que acontece de 19 a 23 de maio e Madri, na Espanha. A informação foi divulgada pelo portal Hosteltur, após resposta do Ifema, organizador do evento. A feira, que teve sua realização confirmada em fevereiro pela ministra da Indústria, Comércio e Turismo da Espanha, Reyes Maroto, tem a proposta de reativar o mercado após a pandemia de Covid-19.
Entre os países que marcarão presença na Fitur estão Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Guatemala, México, Panamá, Peru e República Dominicana. Os países das Américas, que tradicionalmente contam com um pavilhão exclusivo no evento, este ano dividirão espaço com os países da África.
Entre as presenças constantes, ficaram de fora Brasil, Paraguai e Uruguai. O Ministério do Turismo do Uruguai destacou que a opção por não participar do evento se deve ao momento da pandemia e às restrições de viagem.
Já o Brasil ficará de fora por força da Lei 14.002/2020, que transformou a Embratur em agência. O texto limita a atuação da agência ao mercado doméstico até julho deste ano, com isso não estão permitidas ações de promoção internacional, o que inclui a participação em feiras. O país tradicionalmente conta com um estande de destaque no evento, que engloba destinos e empresas nacionais, além de promover experiências gastronômicas e culturais, com música e dança. Ano passado, além da Embratur, marcaram presença com estande próprio Ceará, São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro

Estande do Brasil na Fitur 2020
RETOMADA EM JULHO
A Embratur confirmou que retomará em julho suas atividades de promoção turística do Brasil no exterior. Para isso, a agência já trabalha internamente na elaboração de um plano de ação para os mercados estratégicos, que deverá ser adaptado de acordo com cenário da pandemia e restrições de fronteira existentes até o fim do ano.
Neste primeiro momento serão reservados cerca de R$ 100 milhões para ações de marketing internacional. Com isso, voltam as participações em feiras de turismo, a partir do segundo semestre. Outro pilar da estratégia de promoção são os mercados que em 2019 passaram a contar com isenção visto, caso de Austrália, Japão, Estados Unidos e Canadá.
“Estamos avaliando todas essas estratégias dentro do nosso plano de ação. É claro que tudo vai depender do avanço da vacinação de como vai estar a situação de cada país. Mas temos todo um planejamento definido para executar essa promoção internacional a partir do segundo semestre”, destaca Carlos Brito, presidente da Embratur.
Brito explica que o montante definido para essas ações é resultante dos R$ 310 milhões oriundos do Sistema S, que integraram o orçamento da agência entre a publicação da Medida Provisória 907, que transformou a Embratur e agência, em novembro, e a sua transformação em lei, em maio. O texto aprovado pelo Congresso retirou o percentual de recursos do Sistema S do orçamento da agência. Do total que ficou em caixa, R$ 40 milhões foram destinados à ações no mercado nacional e o restante está disponível para a promoção internacional até 2022.
“É um valor que temos em caixa para ações de marketing internacional e definimos estes R$ 100 milhões para 2021. São valores em reais então temos que ser estratégicos, até porque não é um orçamento alto comparando com outros destinos. Há também a questão do dólar alto, que por um lado favorece para atrair turistas estrangeiros, mas por outro torna mais cara a promoção. Mas já estamos trabalhando no desenvolvimento de ações para explorar a marca Brasil e ampliar o nosso orçamento de promoção”, ressalta Brito.

Carlos Brito, presidente da Embratur