
Dispensas serão após o fim do pacote de ajuda as aéreas
A American Airlines anunciou na última quarta-feira que pode colocar 13 mil funcionários em licença não remunerada a partir de abril, quando expira o segundo pacote de ajuda dos Estado Unidos às companhas aéreas. Além da lenta de recuperação, a companhia aponta a as novas restrições de viagens como um dos principais motivos.
“Estamos quase cinco semanas em 2021 e, infelizmente, nos encontramos em uma situação semelhante a grande parte de 2020”, afirmaram o CEO, Doug Parker e o presidente, Robert Isom, em um memorando enviado aos funcionários, que também foi incluído em um documento regulatório.
A companhia norte-americana já havia dispensado cerca de 19 mil trabalhadores em outubro, quando encerrou o período de estabilidade definido pelo governo no programa de apoio a folha de pagamento, mas voltou atrás em dezembro, quando o governo dos EUA concedeu uma nova ajuda de US$ 15 bilhões para a indústria.
Os sindicatos da aviação já estão pressionando por mais US $ 15 bilhões em assistência à folha de pagamento dos EUA para proteger os empregos durante o verão.
“A vacina não está sendo distribuída tão rapidamente quanto qualquer um de nós acreditava, e novas restrições às viagens internacionais que exigem que os clientes tenham um teste COVID-19 negativo diminuíram a demanda”, disse American, acrescentando que a empresa não utilizará todas as suas aeronaves no próximo verao, como previsto inicialmente.
A American não é a única a enviar comunicados do tipo aos trabalhadores. A United Airlines enviou novos avisos de licença para 14 mil funcionários, enquanto a Delta Air Lines e a Southwest evitaram demissões principalmente graças aos programas de licença voluntária. Por lei, as companhias devem informar com antecedência os funcionários com empregos em risco.
As licenças potenciais da American incluem 1.850 pilotos e 4.245 comissários de bordo. Os pilotos do United aprovaram um acordo no final do ano passado para evitar licenças até junho.