A American Airlines divulgou nesta quinta-feira (28) os resultados referentes ao quatro trimestre e ao ano de 2020. O prejuízo líquido do ano chegou a US$ 8,9 bilhões (excluindo itens especiais, este valor chega a US$ 9,5 bilhões), bem diferente do lucro registrado em 2019 (US$ 1,68 bilhão), enquanto a receita de passageiros chegou a US$ 14,5 bilhões, queda de 65,4% com relação aos US$ 42 bilhões registrados em 2019.
Já a receita do quarto trimestre foi de US$ 4 bilhões, queda de 64% com relação a 2019, dentro de uma redução de 53% na capacidade. O prejuízo líquido dos últimos três meses foi de US$ 2,2 bilhões (excluindo itens especiais, as perdas chegam a US$ 2,2 bilhões). A American encerrou 2020 com cerca de US$ 14,3 bilhões em liquidez e espera encerrar o primeiro trimestre deste ano com aproximadamente US$ 15 bilhões.
“Nossos resultados financeiros do quarto trimestre encerram o ano mais desafiador da história de nossa empresa”, disse o CEO da American, Doug Parker. “No entanto, não poderíamos estar mais orgulhosos da equipe e das grandes conquistas que conquistaram no ano passado. A companhia transportou mais passageiros do que qualquer outra companhia aérea em 2020, e o fez com segurança e o máximo cuidado”, completou.
Redução de custos
Para reduzir custos, a American foi obrigada a remover mais de US$ 17 bilhões de seus orçamentos operacionais e de capital para 2020, principalmente por meio de redução de voos. Além disso, incorporou mais de US$ 1,3 bilhão de medidas permanentes de redução de custos sem volume e sem eficiência de combustível no plano operacional de 2021, além de retirar cinco tipos de aeronaves (Embraer 190, Boeing 757, Boeing 767, Airbus A330 e Bombardier CRJ200).
A American ainda chegou a um acordo com a Boeing para garantir os direitos de adiar entregas de 18 aeronaves Boeing 737 MAX e finalizou uma série de transações de venda e leaseback para financiar as entregas de aeronaves Airbus A321 em 2021. Até o momento, cinco dos 18 direitos de adiamento do B737 MAX foram exercidos. A companhia ainda redefiniu sua capacidade e rede internacionais para 2021, incluindo a saída de 19 rotas internacionais de seis hubs.
Redução das despesas de capital não relacionadas a aeronaves em US$ 700 milhões em 2020 e outros US$ 300 milhões em 2021 por meio de reduções no trabalho de modificação da frota, eliminação de compras de equipamentos de serviço em solo e interrupção de investimentos em instalações não críticas e projetos de TI.