
Companhia critica decisão de liberar apenas Ezeiza.
A low cost argentina Flybondi informou, por meio de nota, que não pretende retomar operações caso não seja liberados voos no aeroporto de El Palomar, hub da companhia. O posicionamento é uma resposta ao parecer da Agência Reguladora do Sistema Aeroportuário (Orsna) enviado à Administração Nacional de Aviação Civil da Argentina (Anac) que classifica o aeroporto de Ezeiza como o único da Área Metropolitana de Buenos Aires habilitado a receber voos regulares durante a pandemia de Covid-19.
“Flybondi expressa sua rejeição mais absoluta a esta decisão, cujos argumentos são totalmente impugnáveis e maliciosos. Mas o que é ainda mais grave é que revela a má gestão regulatória e a ausência total de planejamento e coordenação, gerando duas vítimas claras: os passageiros e os trabalhadores”, disse a empresa em seu comunicado.
A decisão de não reabrir El Palomar implica na transferência de todas as operações para Ezeiza, o que é apontado como inviável pelas empresas que operam no terminal, como a própria Flybondi e outra low cost, a JetSmart.
“Voar de Ezeiza não é uma opção comercial para a Flybondi ou para os nossos passageiros, e as autoridades governamentais e reguladoras estão cientes desta realidade. Sua decisão mostra o desrespeito aos passageiros que compraram passagens para voar de El Palomar e que até o último minuto não sabem de onde sairão seus voos, além dos milhares de passageiros que só podem viajar de avião se o fizerem de um aeroporto para o qual pode ser alcançado por transporte público. Também chama a atenção que, neste contexto de complexidade econômica e profunda crise do setor, milhares de empregos estão em risco”, destacou o presidente da Flybondi, Esteban Tossutti.
Desde o início de sua operação comercial, em fevereiro de 2018, já passaram pelo aeroporto de El Palomar mais de 2,9 milhões de passageiros, consolidando o terminal como o quarto mais movimentado da Argentina.