
Guy Ryder, diretor geral da OIT (Reprodução/Youtube)
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que a pandemia de coronavírus possa impactar até 25 milhões de empregos no mundo, desencadeando um crise global, caso governos não ajam rapidamente. A entidade destacou, em comunicado publicado nesta quarta-feira (18), que a redução deste número depende de uma resposta coordenada internacionalmente, como aconteceu na crise financeira global de 2008/2009.
A organização pediu medidas urgentes, em larga escala e coordenadas para proteger os trabalhadores em seu local de trabalho, estimular a economia e apoiar empregos e renda. De acordo com a OIT, as medidas devem incluir a extensão da proteção social e apoio à retenção de empregos por meio de jornada reduzida ou licença remunerada, além de benefícios financeiros e fiscais, inclusive para micro, pequenas e médias empresas, acrescentou a organização.
Com base em diferentes cenários para o impacto da pandemia sobre o crescimento econômico global, o desemprego global estimado pela OIT aumentaria entre 5,3 milhões (cenário “baixo”) e 24,7 milhões (cenário “alto”). A crise financeira global de 2008 aumentou o desemprego global em 22 milhões de pessoas.
“Isso não é mais apenas uma crise global de saúde, é também uma grande crise no mercado de trabalho e econômica que está causando um enorme impacto nas pessoas”, disse o diretor-geral da OIT, Guy Ryder. “Em 2008, o mundo apresentou uma frente unida para lidar com as consequências da crise financeira global, e o pior foi evitado. Precisamos desse tipo de liderança e resolução agora”, acrescentou.