
Fechamento de agências caiu de 47% para 33% ao ano, aponta estudo
Um estudo elaborado pela empresa de contabilidade Moore Stephens, sediada em Londres, mostrou que no número de agências de viagens que encerram suas atividades caiu 30% nos últimos cinco anos. Neste período, o número de empresas que faliram ou saíram do mercado caiu de 47% ao ano, para 33%.
O fenômeno que, de acordo com o levantamento, pode ser explicado por uma reinvenção do segmento, que inclui medidas como a adaptação à era digital e o foco em produtos diversificados e personalizados.
Os dados indicam a reinvenção de um setor que foi muito afetado na última década pela migração de clientes para internet, permitindo organizar a própria viagem. Além disso, fatores como sites de comparação de preços, OTAs e sites de hospedagem, como o Airbnb, agravaram ainda mais o cenário.
O fenômeno fez com que agências passassem a apostar em nichos de mercado, o que garantiu a consolidação de não só de vendas, mas de consultoria e planejamento de viagens. Este movimento gerou um crescimento em nichos como viagens de luxo personalizadas, viagens focadas em experiências e também viagens para destinos mais exóticos e desafiadores, que contam com poucas informações.
Vale ressaltar que estes modelos de viagens passaram a ser procurados não só por viajantes frequentes, mas também pelo público mais jovem, o que contribuiu na ampliação de mercado. De acordo com a Moore Stephens, esta reinvenção não garantiu apenas a sobrevivência do mercado de agenciamento de viagens, mas também trouxe novas demandas às operadoras e todo o mercado.
A consultoria acrescentou que o acesso dos agentes às taxas e atualizações benéficas que os agentes têm acesso, por meio do relacionamento com fornecedores, também contribuirão para a retomada das relações dos clientes com as agências de viagens.