
Petr Lutter, do Turismo da República Tcheca, Laura Ferko, do Turismo da Eslováquia, Dorota Zadrozna, do Turismo de Polônia, Luiz Fernando Destro, do Turismo da República Tcheca, e Vince Berenyi, do Turismo da Hungria (Foto: Eric Ribeiro | M&E )
A cada dois anos a Europa Central promove seus destinos e produtos no Brasil e América do Sul em um evento em formato de roadshow. Tradicionalmente composto pelos países República Tcheca, Hungria e Polônia, a edição deste ano contou ainda com a participação – pela primeira vez – da Eslováquia. No Brasil o treinamento passou pelo Rio de Janeiro e São Paulo, capacitando mais de 80 agentes e operadores. Na América do Sul o encontro foi realizado na Colômbia, Argentina, Peru, Chile. Veja fotos no final da página.
Segundo Luiz Fernando Destro, representante da República Tcheca no Brasil, no último ano o destino voltou a registrar crescimento no número de brasileiros na região. “Em 2015 e 2016 vimos, pela primeira vez, os números caírem, mas agora já estão subindo novamente”, explicou Destro, que destacou que entre janeiro e setembro deste ano o país registrou um aumento de 15,5% o número de brasileiros, um total de mais de 50,5 mil turistas, frente ao mesmo período em 2015. O objetivo é fechar o ano com um total 63 mil. O valor é próximo dos 70 mil registrados em 2014, no período pré-crise.
Laura Ferko, conselheira de marketing e promoção do Turismo da Eslováquia, ressalta ser estratégica a participação do país no roadshow. “Nunca antes houve a participação de alguém da Eslováquia no evento. Mas o Brasil é um mercado muito grande. Os brasileiros gostam de um lifestyle, de música, vida noturna, vinhos e boa comida, e temos isso a oferecer”, complementa. Ela afirma que é importante estar presente no destino a fim de educar não apenas os agentes e operadores, mas também o público final e fortalecer a marca do país no Brasil.
Para Vince Berenyi, diretor sênior do Turismo da Hungria, divulgar os países integrados é uma forma inteligente de captar mais turistas. “O nosso país parece muito pequeno, principalmente para a concepção dos brasileiros que estão acostumados com um território mais vasto. Já a região é mais robusta”, enfatiza. Além disso, o evento é uma excelente forma de capacitar os agentes, operadores e profissionais do trade. “A maioria das pessoas que visitam a região o fazem por compra de pacotes, uma vez que não há muito conhecimento sobre ela e, principalmente, pela não existência de voos diretos”, conclui.
De acordo com o executivo a Hungria registrou mais de 30 mil visitantes brasileiros entre os anos de 2014 e 2015, com a crise, o fato que aconteceu na República Tcheca se repetiu aqui, gerando uma queda no número de turistas. Porém os números também têm voltado a crescer. Em 2011 o destino recebeu 13 mil brasileiros, em 2016, o valor quase dobrou, passando a 25 mil. Para esse ano é esperado um crescimento de 25%.
“Além da retomada da economia, muitos visitaram a Hungria por ser um destino muito diferente do resto da Europa. Os brasileiros querem novidade e segurança, principalmente com os ataques que o continente tem sofrido. A Hungria é o 9º país mais seguro do mundo, isso atrai muitos olhares”, esclarece.
Embora o número de brasileiros no destino ainda seja pequeno, Laura destaca que muitos acabam visitando o país em roteiros integrados com outros países da região, como Viena e República Tcheca.
POLÔNIA AUMENTA INVESTIMENTO E PENSA EM ROADSHOW
Dorota Zadrozna, representante do departamento de marketing órgão de Turismo da Polônia afirmou que para o ano que vem o governo polonês irá dobrar o investimento para a promoção do destino, passando de US$ 50 mil para US$ 100 mil. Com o aumento da verba, Dorota afirma que deve intensificar as ações, inclusive no Brasil, a começar com um roadshow com operadores poloneses passando por diversas regiões do País, com destaque para Curitiba, Santa Catarina Paraná e São Paulo, regiões onde existem colônias de poloneses.
“O Brasil conta com a 3ª maior colônia de poloneses fora da Polônia. O governo deseja educar esses descendentes e torná-los embaixadores do nosso país no Brasil”, reforçou Dorota, que lembra que em 2016 o destino contabilizou 33 mil brasileiros. Embora o número pareça pequeno, a representante afirma que o país não consegue contabilizar os dados com exatidão, uma vez que muitos brasileiros entram no local com passaporte europeu.
MERCADO DE LUXO
Luiz Destro aponta o potencial do mercado de Luxo. Segundo o executivo, a República Tcheca já participava de eventos voltados para o segmento, a exemplo da Travelweek, a fim de reforçar a presença do destino para esse mercado. Ele explica que este é o último setor a ser impactado pela crise. “Os brasileiros adoram viajar. E esse mercado é bem resiliente, eles podem viajar menos vezes por ano ou mesmo por menos dias, mas não deixam de viajar”, explica.
Com isso em vista, a Polônia é outro destino que vê o potencial do mercado e já apresentou o interesse pela feira no ano que vem. “Há muito interesse, os brasileiros costumam consumir e buscar os pacotes mais caros, com hotéis cinco estrelas. Acredito que temos um forte mercado para explorar”, finalizou.
CONFIRA AS FOTOS DA CAPACITAÇÃO EM SÃO PAULO
[wonderplugin_slider id=”1296″]
Fotos: Eric Ribeiro | M&E