Segundo pesquisa feita pela Forward Keys, plataforma de análises de dados do setor de aviação, as reservas de voos para o Brasil no período de 1º de março e 31 de maio de 2016 não devem ser afetadas pelo alerta do vírus zika. Em comparação com o mesmo período em 2015, o número de reservas menos o de cancelamentos aponta um índice positivo de 25%
O estudo foi feito com base no total de reservas aéreas internacionais de mais de 200 mil agências de viagens online e off-line do mundo todo. Foram avaliados 26 países e territórios da América indicados com a transmissão ativa do vírus, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
O relatório ainda indica que a tendência global de viagens sofreu um pequeno decréscimo após o alerta do CDC sobre viagens para os destinos afetados pelo zika, no dia 15 de janeiro, e o estado de emergência decretado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1º de fevereiro. O maior número de reservas canceladas é de voos de longa distância.
O índice para voos entre 1º de março e 31 de maio de 2016, por sua vez, se comparado com o mesmo período do ano anterior, permaneceu positivo na avaliação total dos 26 destinos, em 4%. No Brasil, o menor impacto dos alertas se deve à força-tarefa do governo brasileiro para combater o Aedes aegypti.
“O Brasil está integralmente empenhado no combate ao mosquito e o governo investe recursos financeiros, tecnológicos e científicos para prevenção e combate ao Aedes. Iniciativas como as da Embratur, que monitora e fornece dados atualizados a agentes e operadores de turismo, contribuem para que os viajantes se sintam seguros com a opção de vir ao Brasil. Por todo o cuidado e esforço, continuamos sendo um destino muito procurado pelos estrangeiros”, comentou o presidente interino da Embratur, Tufi Michreff Neto.
Tufi lembrou que a OMS e a Organização Mundial do Turismo (OMT) não recomendam restrições de viagens: “Para turistas e viajantes que se destinam a regiões afetadas pelo zika, precauções básicas devem ser tomadas, como em qualquer outro lugar do mundo. Gestantes devem consultar o médico antes de viajar, além de adotar medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores da doença”, completou.