
Participantes do primeiro painel do Esfe
O 11º Esfe teve início com um debate que está em alta na atual conjuntura brasileira: “Por que feiras em tempos de crise”. O tema vem em um momento de cancelamento e redução de feiras, tanto em número de área quanto de visitantes. “As feiras são importantes, pois movimentam a economia, principalmente neste período de estagnação econômica”, explica Ligia Amorin, diretora-geral da Nürnberg MesseBrasil.
Segundo pesquisa da Ubrafe, o segmento gerou, em 2014, um impacto de aproximadamente R$ 16,3 bilhões no estado de São Paulo. “Este é um segmento que traz muito retorno financeiro uma vez que movimenta diversos setores, como hotelaria, aviação, agências de viagem, restaurantes etc. As feiras ainda geram emprego e trabalho”, ressalta a executiva. Amorin ainda destacou que durante a recessão econômica na Espanha, os mercados que participaram de eventos de negócios conseguiram se recuperar mais rapidamente.
Para a diretora-geral da Nürnberg Messe Brasil, é necessário se reinventar a fim de retomar o crescimento do setor no Brasil. “Temos que pensar fora da caixa e oferecer novas soluções aos clientes”, pontua.
Damien Timperio, diretor-geral do São Paulo Expo, enfatizou que é importante reduzir os custos de produção de feiras. “É importante apresentar soluções para o mercado, a fim de tornar os eventos mais rentáveis, como por exemplo, o tempo de montagem. Isso não agrega valor. É importante que seja realizado de uma forma rápida e sem muitos custos adicionais”, esclareceu Timperio.
Jean-François Quentin, presidente da UBM Brazil, completa Timperio e assinalou que não apenas a organização tem que ser mais atrativa financeiramente, mas os valores para os visitantes também. “É muito caro participar de uma feira. Tem gasto com alimentação, passagem aérea, transporte, estacionamento. Se o custo for muito alto, os visitantes deixam de participar”, conclui Quentin.
Por: Samantha Chuva e Anderson Masetto