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Política

Câmara dos Deputados debate fim dos vistos para norte-americanos

Deputados debatem fim dos vistos para impulsionar recebimento de turistas estrangeiros - Fotos:Jane Santin

Deputados debatem fim dos vistos para impulsionar recebimento de turistas estrangeiros – Fotos:Jane Santin

A Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados realizou audiência pública na quarta, dia 15, para debater o fim dos vistos para turistas estrangeiros. “Nosso principal foco é o mercado americano. Hoje existe entre o Brasil e os Estados Unidos um acordo de reciprocidade, que faz com que nós tenhamos que tirar o visto pra ir pra lá e eles pra entrar aqui. Queremos, ao menos, derrubar a exigibilidade do visto para eles, e assim atrair um número maior de visitantes daquele país para o nosso”, explicou o presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Turismo no Congresso Nacional (FrenTur), deputado Herculano Passos (PSD-SP).

Hoje os países mais desenvolvidos não exigem visto para americanos. Os Estados Unidos emitem mais de 50 milhões de turistas por ano para o mundo. O presidente da FrenTur lamenta que, desse total, apenas 1% vem para o Brasil. “Se facilitarmos a vinda deles, chegaremos perto do número de brasileiros que vão para lá, que hoje é de mais de 1,5 milhão ano”.

Na audiência, o secretário Nacional de Políticas do Turismo, Júnior Coimbra, apresentou dados que mostram que os turistas provenientes dos EUA são os que mais gastam, os que permanecem por mais tempo e que visitam mais locais no Brasil. “Nós já temos a isenção de visto para mais de 82 países, mas para os Estados Unidos, que é nosso principal mercado, ainda temos esse empecilho da reciprocidade”. Coimbra acredita que dando tratamento diferenciado aos americanos, eles terão uma frequência maior no nosso país, fazendo a economia brasileira alavancar.

O fator econômico também foi lembrado pelo presidente da Comissão de Turismo, deputado Alex Manente (PPS-SP). “Discordo que um país em desenvolvimento como o Brasil tenha uma lei de reciprocidade. Vivemos uma crise econômica. Há cinco anos os EUA estavam em crise e correram atrás para conseguir atrair turistas para lá e o Brasil era um dos principais países que emitia turistas para aquele país”. Manente também citou o exemplo da Europa, que passou por uma grave crise e encontrou no turismo uma saída para sobreviver.

Para Walter Ferreira, assessor da Embratur, instituto responsável pela divulgação do Brasil no mercado internacional, a facilitação do visto melhora a competitividade do país em relação a outros destinos turísticos. “Nós precisamos travar uma batalha em todos os pontos da competitividade brasileira e o visto é um deles, não só pela sua dificuldade de obtenção, mas também pelo seu custo, que impacta no preço final do produto brasileiro no mercado internacional”, explicou.

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