Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.
Portal Brasileiro do Turismo

Institucional

​RETROSPECTIVA 2014 – OPINIÃO DO TRADE

.

.


Se a festa foi grande com a Copa, principalmente para o setor da hotelaria, que foi o mais beneficiado, o calendário de jogos seguido do período das eleições, em meio a uma economia recessiva, não trouxe boas notícias para o setor.  Para boa parte dos segmentos que integram a cadeia produtiva do turismo, 2014 não pode ser considerado um excelente ano. Nesta enquete realizada pelo M&E, a maioria dos depoimentos colhidos junto a agências e operadoras, hotéis, cruzeiros, aviação e organizadores de eventos, revela a unânime opinião dos entrevistados: os resultados ficaram abaixo do esperado. Houve algumas exceções. Mas todos reconhecem que o calendário e o baixo ritmo da economia foram os principais entraves para o crescimento do setor.

“Reconheço que no caso das agências de viagens os resultados foram bastante modestos. O fechamento de algumas operadoras de turismo ao longo do ano foi resultado da incapacidade destas de acompanhar as mudanças no panorama econômico do país. Foi um ano difícil e complicado e a estagnação da economia prejudicou ainda mais o movimento no nosso setor”.
Antonio Azevedo, presidente da Abav Nacional

“Acredito que o ano de 2014 para o Brasil foi de reposicionamento. As mudanças políticas trouxeram expectativas, também, para o turismo, e é em 2015 que as dificuldades devem se apresentar. Devemos fomentar a vinda de estrangeiros, ainda mais, e investir na qualidade de nossas empresas de receptivo”.
Evandro Oliveira, presidente da Avirrp

“A oferta dos cruzeiros ficou 2% menor se comparada aos 648 mil leitos disponíveis na temporada 2013/2014. O número de roteiros, no entanto, cresceu quase 4% na comparação com a última estação de navios no país. Mesmo com o número crescente de roteiros, a temporada terá um navio a menos do que em 2013/2014, com isso, o setor deve experimentar, pelo segundo ano consecutivo, uma queda de dois dígitos em receita. Teremos uma receita 10% menor do que a obtida na temporada passada. Com relação ao número de passageiros, teremos uma queda de 1% a 2 %. Essa queda está ligada aos entraves ainda encontrados no país, tirando a competitividade do Brasil junto aos cruzeiros internacionais”.
Roberto Fusaro, ex-presidente da Clia Abremar

“De fato a Copa atrapalhou um pouco as vendas dos pacotes porque o consumidor ficou indeciso. Mas já neste segundo semestre tivemos uma recuperação lenta e gradual e apostamos num final de ano de melhores resultados. A prova disso é que a CVC realizou em novembro uma promoção fantástica com 100 mil lugares para destinos nacionais e internacionais”. Valter Patriani, superintendente da CVC.

“Acredito que o ano de 2014 teve o pior julho da história do Brasil desde que estou no turismo. Agosto, por sua vez, já foi um mês mais ou menos, setembro foi um mês ótimo. Em outubro, o turismo voltou a encontrar dificuldades depois dos 10 primeiros dias. Após a Copa e as eleições, o setor está, finalmente, se recuperando. Mesmo com todos esses contratempos, a Ancoradouro teve um crescimento entre 8% e 9%. Os números estão abaixo dos nossos crescimentos usuais, que ficaram entre 12% e 20%, mas o saldo foi positivo”.
Juarez Cintra, diretor da Ancoradouro

“Foi um ano complicado para o turismo, mas que conseguimos superar as dificultados e obter bons resultados. Foi um ano marcante para a Flytour, que comemorou seus 40 anos. Continuamos no ritmo de expansão. Lembro que a Flytour Viagens, a operadora do grupo voltada ao lazer e sob o comando de Claiton Armelin e Michael Barkoczy, teve o maior crescimento da empresa neste primeiro semestre, com um incremento de 60%, enquanto o grupo cresceu 11% no primeiro semestre. Queremos fechar o ano com um faturamento de R$ 4,7 bilhões, o que representa quase 17% de incremento em um ano difícil”.
Eloy D´Ávila de Oliveira, presidente da Flytour

“Enquanto o ano econômico de 2014 andou meio de lado, nós, das aéreas, tivemos que fazer esforços dobrados para manter a qualidade e a infraestrutura no atendimento. A demanda cresceu e ao final do ano deve representar algo em torno de 5,5%. Este foi um ano que exigiu muito foco e criatividade. Em relação a 2015 ainda é difícil prever, pois o cenário ainda é incerto com a troca dos ministérios. Mas não acreditamos que haverá um crescimento muito grande para o ano”. 
Eduardo Sanovicz, presidente da Abear

 
Desafios – “Definitivamente, foi um ano difícil. Ainda mais agora, com esse período pós-copa e pós-eleições. A disparada do dólar e as medidas econômicas tomadas por parte do governo estão nos prejudicando. Mas a Tap continua investindo e estruturando sua participação no Brasil com a encomenda de novos aviões para entrar em operação em 2017”.
Antônio Jorge, gerente regional de Vendas da Tap

“Foi um ano muito importante. Foi um ano chave para o Brasil. No começo do ano operávamos apenas três voos entre São Paulo e Madri. E fechamos o ano com cinco ligações. Começamos a operar aqui no Brasil em 2013, com um total de cinco voos, hoje temos 14 voos, que contam com uma taxa de ocupação de 90%”.
Enrique Martín-Ambrosio, diretor para o Brasil da AirEuropa

“De fato a Copa e as eleições, aliadas à recessão da economia, influenciaram diretamente na realização de eventos. Mesmo assim, a partir do segundo semestre, pudemos observar uma mudança gradual no panorama para o setor, que deverá se refletir em resultados futuros”.
Anita Pires, presidente da Abeoc     

“O ano foi muito ruim para o mercado por causa das eleições e a expectativa de quem iria ganhar e o que poderia mudar. Essa jogada acabou atrasando os negócios, inclusive na área de eventos. A nível de Touriscard, também classifico como um ano ruim, já que o turista ficou na expectativa de viajar ou não. Definitivamente, foi um ano parado, uma vez que criou-se muita dificuldade no poder econômico que, por sua vez, atingiu o mercado inteiro”.
Ricardo Lopes, do Touriscard e organizador da TBN

“Parece até prematuro dizer isso, mas posso afirmar, após a edição desse ano, que a WTM-LA está consolidada entre os eventos MICE do setor. Tivemos um crescimento de 20% em relação à 2013. Tenho certeza que essa diretriz, de eventos e negócios, é um segmento que está ganhando cada vez mais espaço e importância no Brasil”.
Lawrence Reinisch, diretor da Reed Travel Exhibitions – empresa promotora da WTM-LA

“A ocupação hoteleira, o valor médio das diárias e a receita por quarto disponível dos hotéis brasileiros devem fechar com um incremento em relação ao ano passado. Em 11 das 17 cidades analisadas pelo estudo Perspectivas de Desempenho da Hotelaria, a expectativa de crescimento da taxa de ocupação foi positiva, como em Natal (8,7%), Fortaleza (7,5%) e Goiânia (6,9%).  As expectativas de variação da diária média este ano são bastante positivas, com crescimento em 16 das 17 cidades pesquisadas”.
Roberto Rotter, presidente do Fohb

“Os jogos da Copa no Rio de Janeiro ajudaram em muito a manter as boas taxas de ocupação e não podemos nos queixar também dos investimentos realizados no interior de São Paulo, com as novas unidades, cuja resposta tem sido excelente”.
Tomás Ramos, diretor Comercial do grupo Othon

Receba nossas newsletters
[mc4wp_form id="4031"]