Crie um atalho do M&E no seu aparelho!
Toque e selecione Adicionar à tela de início.
Portal Brasileiro do Turismo

Opinião

​Duelo de titãs

Um burburinho tomou conta dos últimos dias da FIT 2014, em Buenos Aires. Pelos corredores da área do Brasil, muitos cochichavam sobre a realização da feira no ano seguinte. O motivo? No próximo ano as datas da Abav e da FIT coincidem. Enquanto a primeira acontece de quinta a sábado (24/09 a 26/09), a segunda começa no final de semana e se estende por quatro dias (26/09 a 29/09). Não restam dúvidas que ambos os eventos são importantes no calendário de feiras da América do Sul e atraem um público considerável, que nos dois casos ultrapassa 50 mil pessoas. No entanto, as datas, quase que simultâneas, criam um problema para o trade da Argentina e do Brasil, assim como para os demais expositores internacionais.

Como estar em dois lugares ao mesmo tempo é algo impossível (quisera eu que isso pudesse acontecer, seria tão fácil executar tarefas em dias em que tudo acontece ao mesmo tempo!), será preciso então escolher entre as duas. Melhor permanecer no último dia da Abav, que em 2015 será totalmente dedicada aos profissionais do turismo? Ou será melhor conferir o primeiro dia da FIT, que concentra a cerimônia oficial de abertura, além de estar voltada ao público final?

A Abav já deixou claro que não voltará atrás, até porque o Anhembi não possui mais datas. Já a FIT, durante coletiva de encerramento da edição de 2014, assegurou que manterá a data, mas ainda sim deixou no ar um clima que indicava uma possível mudança. Diante da repercussão, nos resta torcer para que a melhor decisão seja tomada com o intuito de facilitar a vida dos profissionais do setor, para que eles possam usufruir do melhor que cada um tem a oferecer.

Mas essa discussão chama a atenção para outro ponto: o excesso de eventos e o desgaste do trade que tenta, muitas vezes sem sucesso, comparecer a tantas feiras. No Brasil, por exemplo, multiplicam-se roadshows, workshops, convenções e ainda a realização da WTM-LA, que disputa com a Abav a preferências de muitos expositores. O problema é que as empresas não têm staff e, claro, “budget”, para acompanhar tudo o que acontece. Em muitos casos são realizados eventos sem peso, sem grandes nomes, e que resultam numa grande perda de tempo.

Uma ótima alternativa foi a utilizada pela Braztoa, que percebeu que unir as duas edições do Encontro Comercial às duas principais feiras do país seria mais vantajoso para as operadoras, assim como para os participantes. E esse tipo de exemplo deveria ser seguido por outras instituições, sindicatos e associações. A união é sempre mais proveitosa. Por que não desafogar um calendário tão cheio e optar por poucos, mas bons eventos? A máxima de que quantidade nem sempre quer dizer qualidade é a mais correta nesse cenário.

Receba nossas newsletters
[mc4wp_form id="4031"]