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Portal Brasileiro do Turismo

Opinião

​Um bom negócio

A realização do Congresso da Abav, em São Paulo, é mais uma oportunidade para que os players do turismo e agentes de viagens, tenham, não apenas a chance de conhecer novos produtos, serviços e as mais recentes ferramentas tecnológicas, como também de discutir os rumos do mercado e o próprio papel do agente neste novo cenário de um Brasil que se prepara para ir às urnas e eleger seus governantes. Não resta dúvidas de que com o sucesso da organização da Copa do Mundo e com a geração de divisas e negócios obtidos para alguns setores, como a hotelaria, a indústria do Turismo passou a ser vista com um novo olhar por parte dos nossos governantes.

Não restam dúvidas que desde o reconhecimento, por parte do Governo, da importância deste segmento, em 2003, quando passou a ter o status de ministério, o turismo avançou. Mas em momento algum o setor ganhou, ao longo destes anos, de fato, prioridade. Sempre andou na periferia e, em boa parte desta última década, sendo ocupado por indicações políticas e, o que é pior, sem os recursos necessários para fomentar as políticas públicas para o setor. Tivemos avanços, mas ainda estamos distantes do ideal, que seria conquistar o reconhecimento desta indústria como atividade econômica. Há gargalos e desafios que passam, obrigatoriamente, pela implementação de uma política de incentivo para a aviação regional.

No segmento de cruzeiros, não é de hoje que se cobra das autoridades uma revisão da atual legislação, de modo a implementar uma política que possa ampliar a estrutura portuária e atrair companhias de cruzeiros para operações na costa brasileira. Já os turistas estrangeiros esbarram na política tarifária das empresas aéreas, que não oferecem, sequer, um Air Pass que permita a eles conhecer, numa única viagem, diversos destinos no país. Com razão, as aéreas, por sua vez, reclamam dos custos do combustível e das altas taxas na carga tributária. Essa tem sido também a queixa da hotelaria, que justifica assim o crescimento da diária média no país.

São equações que não fecham. E neste cenário de turbulências, onde a economia brasileira vêm andando de lado, é hora de usar da criatividade e da competência para formatação de produtos que levem o brasileiro a viajar mais pelo seu país. A recente campanha do MTur já é um primeiro passo. Mas é necessário mais. Um evento de porte, como esse Congresso da Abav, deve ser visto também como espaço para um amplo debate onde Governo e iniciativa privada encontrem caminhos e alternativas de modo a colocar em pauta propostas e medidas que possam efetivamente levar o Turismo a ser entendido como um bom negócio, onde todos contribuam e possam aumentar seus ganhos.

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